Presença e distintivo do
posicionamento feminino nas comunidades religiosas afro-brasileira, o
pano-da-costa, não é apenas um complemento da indumentária da mulher; é a marca
do sentido religioso nas ações da mulher como iniciada ou dirigente dos terreiros.
Observemos a profunda conotação
sócioreligiosa desse simples pedaço de tecido, que atua em tão diversificadas
situações, desempenhando papéis dos mais significativos e necessários para a
sobrevivencia dos rituais africano. O pano-da costa é assim chamado por ter
sido um tipo de tecido vindo da costa dos escravos, Costa Mina, Costa do Ouro.
O tecido original foi substituido por outros tipos de tecidos, o que não
diminui em nada as funções do pano-da-costa.
O pano-da-costa identifica a
mulher feita, mesmo que ela naum esteja de roupa de santo completa.
A situação do pano-da-costa é de
maior importância, se colocarmos a presença da mulher como símbolo do poder
sócioreligioso e arquétipo dos valores mágicos da fertilidade, isso motivado
pelas formas anatômicas características da mulher.
O sentido protetor do
pano-da-costa é outro aspecto que merece atenção. As Yaos, ao terminar o
período de feitura começam a travar seus primeiros contatos com o mundo
exterior protegidas pelo pano-da-costa branco, que representa o prolongamento
do Ala de Oxala, envolvendo praticamente todo o seu corpo no grande
pano-da-costa, procura manter os valores religiosos de sua feitura quando em
contato com os valores profanos encontrados extramuros dos terreiros.
Nos sirruns/axexes, a mesma
proteção do pano-da-costa, ateado como capa envolvente mágica, aparece
guardando as mulheres das presenças de egum.
O pano-da-costa é de uso
exclusivo da mulher nos cultos africanos, porque uma das principais funções do
mesmo é proteger os orgão reprodutores das mulheres, das Yamis.
Concordo com toda essa parte a
cima transcrita do livro. Nos rituais de sirrum/axexe as mulheres usam dois
panos-da-costas branco: um protegendo seus ventres e outro sobre os ombros como
uma capa que envolve todo o seu colo e seios.
O pano-da-costa deve ter no
minino 60 cm de largura para que possa proteger os orgãos que necessitam de
proteção. As famosas mães de santo não usam o pano- da -costa na cintura nunca.
Aqui no Rio de Janeiro
convencionou- se que o pano-da-costa deve ser usado de acordo com a idade de
santo, isto é, só usa preso acima dos seios aquelas que ainda são yaos. Esta
errado, pano-da-costa é para ser usado dessa forma mesmo independente da idade
de feitura, quando muito, pode-se enrolar até abaixo dos seios.
De alguns anos para cá os homem
aderiram o pano-da-costa, mas nenhum deles até agora explicou o porque de
usa-lo e nem podem explicar pois o mesmo é de uso exclusivamente
feminino.
Observem que as santas mulheres
usam o pano-da-costa, os santos homens usam o pano-da costa amarrados no ombro
lembrando um Alaka (esse sim pertence ao homem) ou amarrado para tras, ou
simplesmente ficam com o peito nu adornados pelas conta e brajas.
Em algumsa casa encontramos
abians usando pano da costa, esse procedimento esta errado. As abians ainda não
tiveram seus pontos de energias abertos durante uma feitura, portanto as mesmas
não necessitam dessa proteção ainda.
ASÈ EM SEUS CAMINHOS !!
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